| sexta-feira, 17 de junho de 2011 | |





Paredes marcadas pela dor.
Espelho quebrado refletindo o terror.
A imagem do seu corpo retalhado,
visto por olhos de um sedutor.

Bebendo seu sangue,
retiro seus olhos, seu brilho, meu sonho.
Faço do seu corpo uma santidade,
perfeita para a alma do insano dos sonhos.

A lâmina que cortou meu pulso,
é a mesma que restabeleceu meu fluxo.
Te degolando e sufocando,
a mentira some, e minha vida volta a ser um luto

Arrancando seus cabelos,
apago da lembrança a mais linda beleza.
Perfurando lentamente seu coração,
vejo as esperanças de matar a decepção.

O sonhador é um psicopata suicida,
o suicídio é o único caminho para uma vida sem dor.
A ilusão que criou e o iludiu durante toda sua vida,
foi a mesma que criou o seu eterno amor.

Cicatrize na banheira, minha doce!
Faça-me esquecer a extrema dor que atormenta meu coração!
Se transforme na morte e me leve para o outro mundo.
Para que na próxima vida eu seja teu eterno amigo
sem as dolorosas seringas do amor.

 









Eu te amo, com todo ódio que te tenho
Amo com o mais suave dos venenos
com o mais doce sentimento
com a dor mais profunda
de alguém chora em silêncio
Eu te amo
com todo ódio que te tenho!
amo como a fragilidade de uma flor
amo como a força de um guerreiro.
Eu te amo
e te odeio!
com todos os sentimentos
como a tempestade que passa
como o assobio de um leve vento.

Eu te odeio, porque amo demais
este amor que te tenho!



No espaço onde eu habitava não me encontro mais.

no mesmo lugar está um velho par de sapatos; 
roupas num canto, outras na parede penduradas.
na solidão conversam entre si em diálogos silenciosos; 
perguntam por mim. 
Mas não estou.
há tempos não me vêm, há tempos não saem; 
há tempos não me vestem; há tempos não me calçam os pés.
E não sabem onde estou.
É que sou feito do mesmo tecido que são feito os sonhos, 
e como não mais tenho sonhos, tampouco tenho vida; 
tampouco existo.
mas o que ainda há, são vestígios de mim. 
Entre a poeira e o mofo, 
o silêncio e a solidão, 

pedaços de mim no chão.

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